Tenho alguma dificuldade em não fazer nada. Talvez porque o multitasking tornou-se uma modernice esperada de uma mãe
trabalhadora e porque nós achamos que conseguimos fazer tudo. É uma espécie de mola interna, POING lá estou eu a saltar para
fazer o jantar. POING faço a lista das compras, POING vejo o mail, POING respondo
ao pequeno catita e ainda digo ao pai catita POING onde está a camisola cor de
laranja. Ufa. Quando estou com os braços enrolados com tanto malabarismo lá me
decido pelo unitasking durante uns 5 minutos.
De fora pode parecer um superpoder, por dentro é só uma
grande dispersão de energia e atenção. Se estivermos plenamente focados no momento,
todo o nosso corpo e cérebro estão ali. É quase uma meditação, uma presença
plena, constante e serena. Ali, surge uma confiança no que estamos a fazer e em
quem nós somos. Ali, somos apenas o que somos. Sem pensar no que aconteceu
antes nem no que vem depois.
Os miúdos dominam esta técnica ancestral e estão sempre
prontos a trazer-nos de volta ao momento presente com as ferramentas que mais
estão à mão.
19H07, o pequeno catita está no banho. Tenho
milhões de coisas para fazer. Já preparada para um enorme e épico multitasking,
em vez de um POING levei com um SPLASH na cara. Encharcada como uma esponja do
mar e sem pensar, larguei os taskings e dei início ao épico e unitasking BANHO
DE FAMÍLIAAAAAAA! SPLASH SPLASH SPLASH SPLASH
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