Ui. Esses momentos muito desafiantes. Eles atiram-se para
o chão e nós só temos vontade de fazer o mesmo. No outro dia estava a pensar
nisso e reparei que eu também faço birras, mas birras para dentro. Vá lá, multa
dos senhores do parquímetro por 3 minutos de atraso? Birra. Centro comercial na
véspera da véspera de Natal? Birra. Receber no meu aniversário uma panela?
BIRRA! A diferença é que emocionalmente somos mais maduros e conseguimos lidar
com todos aqueles sentimentos que nos invadem no momento (tirando a situação da
panela). Uma criança não.
Ao substituir a palavra birra por meltdown temos uma
noção mais clara do que realmente se está a passar. O meu filho quando tem uma
birra gigantesca está a sentir-se assoberbado pelos sentimentos que o invadem e
está a exteriorizar isso em forma de birra. Está em loop emocional. Sabendo
isso, em vez de querer “controlar” a birra, quero ajudá-lo. É um momento MIP (momento importante de
parentalidade).
Isso é tudo muito giro mas ele está no chão do
supermercado venha cá, aos gritos!
Então, o que posso fazer durante o processo meltdown para
ajudar o meu filho?
1- Não me vou preocupar com o julgamento dos outros.
Primeiro está o meu filho e o que ele está a sentir.
2 - Ter atenção para ele
não se magoar nem magoar ninguém. Levá-lo para um sítio mais tranquilo onde
consigam estar um com o outro.
3 - Lembrar-me que o comportamento desafiante é
sempre um pedido de ajuda.
4 - Reconhecer e aceitar os sentimentos e emoções do
meu filho, criando um ambiente seguro para ele os expressar. “Estás aí com sentimentos muito fortes, não
é? Estou aqui se precisares de mim.”
5 - No final, não guardar
ressentimentos. A birra não é pessoal, é só uma birra e eu fiz o melhor que
podia com as ferramentas que tinha.
Da próxima vez que estiver perante uma birra
oiça o pedido de ajuda do seu filho vai ver que muda tudo, para os dois.
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