“Quando ensina
algo a uma criança, tira-lhe para sempre a possibilidade de o descobrir por si
própria” Jean Piaget
Nunca gostei de ler instruções. Ainda hoje quando compro
um gadget qualquer uso a técnica “Catita”: carregar em tudo até descobrir como
funciona. Aprendo rapidamente, descubro coisas para além das instruções e nunca
mais me esqueço. De tempos a tempos apanho com um “antes de iniciar o aparelho
ligue-o 2 horas à corrente para não ficar permanentemente danificado”. Ups.
Tirando os brinquedos que podem causar alterações
planetárias ou no clima mundial, os brinquedos não devem ter instruções
parentais. Devem ser uma descoberta, uma oportunidade de expandir a imaginação.
Além de que eles provavelmente percebem muito mais do assunto do que nós.
Não há uma maneira certa ou errada de brincar.
Um carrinho pode ser um submarino ou uma nave espacial. E pintar dentro dos
contornos não devia ser a atividade preferida do Dali. Em vez de os ensinarmos
a brincar com as coisas, que tal aprendermos com eles a brincar?
A minha filha fez um ano no fim de semana passado. Ofereceram-lhe um brinquedo labirinto de bolas. A bola entra por cima numa roleta e há-de sair numa das portas do fundo. Escondemos as indicações da caixa ("instruções") e todos no chão à volta do brinquedo, com aos mãos todas ao barulho queriam descobrir o que cada botão fazia. Os avós eram os mais entusiasmados e a filhota olhava para o entusiasmo da família extasiada... O lado mau da questão é que não teve espaço para ser ela a descobrir as funções no primeiro momento, mas ainda está numa idade em que descobrir depois ainda é "descobrir"...
ResponderEliminarFicou a aprendizagem para os próximos... brinquedos! :)
Olá Carla. O momento que descreveu tão bem, acabou por ser um momento cheio de aprendizagens para a sua filha para além do brinquedo em si. Um momento de grande conexão e amor entre todos e muito entusiasmo catita.
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