Os momentos “e
agora o que é que eu faço” surgem quando o nosso filho tem uma birra do
tamanho do Pavilhão Atlântico, quando chegamos à cozinha e temos uma instalação
moderníssima de farinha e outros ingredientes, biológicos claro, espalhados
pelo chão, ou quando simplesmente no dia a dia nos sentimos perdidos.
Na parentalidade consciente, existe uma espécie de mapa
que é a nossa base de trabalho enquanto pais e que é definido por cada um: as
nossas intenções como pais.
Podemos olhar para as intenções de dois pontos de vista
distintos, em relação a nós mesmos (como pais) ou em relação aos nossos filhos,
sendo que esta última pode facilmente transformar-se em expectativas.
Porquê intenções e não objectivos? Os objectivos colocam
o foco numa meta que pode ser alcançada ou não, a intenção foca no caminho e na
aprendizagem, é um processo fluído e constante. Sempre que saímos do caminho
podemos voltar a ele relembrando as nossas intenções. É um lembrete do tipo de
pais que queremos ser. Se eu sei que tipo de mãe quero ser, consigo definir as
minhas ações muito mais facilmente, não só a curto mas a longo prazo. E, em
cada momento em vez do “e agora o que é que eu faço?” pergunto “isto está alinhado com as minhas intenções
enquanto mãe?”
Mas como é que eu escrevo as minhas intenções? Num
momento tranquilo, pegue numa caneta e pense “como gostaria que o meu filho me descrevesse em adulto? Que qualidades,
valores e características gostaria de passar ao meu filho? Como gostaria que
fosse a nossa relação? Como quero que seja a minha família? Como posso ajudar o
meu filho a ser feliz?”
Uma das minhas intenções como mãe é aceitar o meu filho
completamente e receber com igual amor os momentos bons e os mais desafiantes.
E aí desse lado, quais são as suas intenções?
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