sexta-feira, 22 de abril de 2016

MAPA DE NAVEGAÇÃO PARA PAIS


Como mãe tenho muitas vezes o momento “e agora o que é que eu faço?”. Surge repentinamente sem avisar e sem deixar muito tempo para pensar sobre o assunto.

Os momentos “e agora o que é que eu faço” surgem quando o nosso filho tem uma birra do tamanho do Pavilhão Atlântico, quando chegamos à cozinha e temos uma instalação moderníssima de farinha e outros ingredientes, biológicos claro, espalhados pelo chão, ou quando simplesmente no dia a dia nos sentimos perdidos.

Na parentalidade consciente, existe uma espécie de mapa que é a nossa base de trabalho enquanto pais e que é definido por cada um: as nossas intenções como pais.
Podemos olhar para as intenções de dois pontos de vista distintos, em relação a nós mesmos (como pais) ou em relação aos nossos filhos, sendo que esta última pode facilmente transformar-se em expectativas.
Porquê intenções e não objectivos? Os objectivos colocam o foco numa meta que pode ser alcançada ou não, a intenção foca no caminho e na aprendizagem, é um processo fluído e constante. Sempre que saímos do caminho podemos voltar a ele relembrando as nossas intenções. É um lembrete do tipo de pais que queremos ser. Se eu sei que tipo de mãe quero ser, consigo definir as minhas ações muito mais facilmente, não só a curto mas a longo prazo. E, em cada momento em vez do “e agora o que é que eu faço?” pergunto “isto está alinhado com as minhas intenções enquanto mãe?”

Mas como é que eu escrevo as minhas intenções? Num momento tranquilo, pegue numa caneta e pense “como gostaria que o meu filho me descrevesse em adulto? Que qualidades, valores e características gostaria de passar ao meu filho? Como gostaria que fosse a nossa relação? Como quero que seja a minha família? Como posso ajudar o meu filho a ser feliz?”
Uma das minhas intenções como mãe é aceitar o meu filho completamente e receber com igual amor os momentos bons e os mais desafiantes.
E aí desse lado, quais são as suas intenções?

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